Encontrei certa vez, dois amigos que haviam viajado de férias ao Caribe (antes da gripe suína), acompanhados de suas respectivas caras-metade (acho que é com hífen, mas com as novas regras, sei lá – se quiserem saber ao certo, pesquisem e me vaiem se eu errei). Como era de se esperar perguntei a eles como tinha sido a viagem.
O primeiro logo começou a falar afobadamente que a viagem tinha sido boa, mas que era um absurdo o atraso dos vôos, que tinha ficado muito irritado, esperando horas na sala de espera do aeroporto (sala de espera será que tem hífen? – estou ficando paranóica).
Como se não bastasse – continuou ele – após a exaustiva viagem, o hotel em que eles se hospedaram era uma porcaria, o quarto era pequeno, o armário era pequeno (não faço a menor idéia para que ele queria um armário grande numa lua-de-mel (a droga do hífen de novo), mas talvez ele fosse daqueles que leva a casa toda, quando viaja), a cama era pequena e pasmem: ele encontrou uma barata passeando pela parede.
Após prestar minha solidariedade depois de ouvir toda essa tragédia, perguntei – e os restaurantes? No mesmo instante me arrependi. Ele me olhou com raiva e disse que as mesas eram pequenas, as cadeiras idem, o garçom lerdo e a comida além de cara, não estava com essa bola toda.
Com minha incansável persistência arrisquei uma derradeira pergunta: mas as praias eram lindas, não eram? Ele imediatamente me revelou que a água do mar era morna demais para o gosto dele, que fazia muito calor e que ele ficou pouco tempo na areia e no mar, afinal, ele sempre detestou praia.
Ainda pensei em perguntar pela mulher dele, mas achei melhor não. Afinal, a coitada devia estar gastando muito no analista após esta viagem, para tentar entender porque tinha se casado com uma criatura desta. Algum tempo depois ele me ligou contando que tinham se separado e que ele ainda estava se perguntando o porquê.
Olhei então para o segundo amigo e perguntei se ele concordava com tudo que havia sido dito.
Ele me olhou rindo e disse que a viagem tinha sido maravilhosa, o hotel aconchegante, as pessoas simpáticas, o mar de uma cor deslumbrante, o sol e o mar formavam uma paisagem paradisíaca, a companhia era excelente. Não resisti e perguntei: - Nenhuma baratinha? – no que recebi imediatamente um olhar fulminante do meu primeiro amigo. - Se tinha, eu não vi, falou rindo o segundo.
Então para encerrar, disparei: - Vocês têm certeza que fizeram a mesma viagem e foram para o mesmo lugar? Ao que o meu primeiro amigo respondeu: - Você sabe como ele é doido. Ele não enxerga a realidade e se diverte com tudo.
RESUMO DA ÓPERA: Podemos escolher a nossa forma de olhar a vida. Podemos ser loucos e olhar a beleza do mundo ou optar por enxergar apenas a parte ruim. Olhar as coisas de modo positivo, não nos isenta das baratas que existem nesta terra, sabemos que elas existem e que muitas coisas precisam mudar para melhor.
Mas manter no coração a magia e o otimismo nos ajudará sempre a curtir as pequenas alegrias que estão disponíveis em todos os momentos, nos tornando mais fortes para encarar nossas lutas diárias.
O primeiro logo começou a falar afobadamente que a viagem tinha sido boa, mas que era um absurdo o atraso dos vôos, que tinha ficado muito irritado, esperando horas na sala de espera do aeroporto (sala de espera será que tem hífen? – estou ficando paranóica).
Como se não bastasse – continuou ele – após a exaustiva viagem, o hotel em que eles se hospedaram era uma porcaria, o quarto era pequeno, o armário era pequeno (não faço a menor idéia para que ele queria um armário grande numa lua-de-mel (a droga do hífen de novo), mas talvez ele fosse daqueles que leva a casa toda, quando viaja), a cama era pequena e pasmem: ele encontrou uma barata passeando pela parede.
Após prestar minha solidariedade depois de ouvir toda essa tragédia, perguntei – e os restaurantes? No mesmo instante me arrependi. Ele me olhou com raiva e disse que as mesas eram pequenas, as cadeiras idem, o garçom lerdo e a comida além de cara, não estava com essa bola toda.
Com minha incansável persistência arrisquei uma derradeira pergunta: mas as praias eram lindas, não eram? Ele imediatamente me revelou que a água do mar era morna demais para o gosto dele, que fazia muito calor e que ele ficou pouco tempo na areia e no mar, afinal, ele sempre detestou praia.
Ainda pensei em perguntar pela mulher dele, mas achei melhor não. Afinal, a coitada devia estar gastando muito no analista após esta viagem, para tentar entender porque tinha se casado com uma criatura desta. Algum tempo depois ele me ligou contando que tinham se separado e que ele ainda estava se perguntando o porquê.
Olhei então para o segundo amigo e perguntei se ele concordava com tudo que havia sido dito.
Ele me olhou rindo e disse que a viagem tinha sido maravilhosa, o hotel aconchegante, as pessoas simpáticas, o mar de uma cor deslumbrante, o sol e o mar formavam uma paisagem paradisíaca, a companhia era excelente. Não resisti e perguntei: - Nenhuma baratinha? – no que recebi imediatamente um olhar fulminante do meu primeiro amigo. - Se tinha, eu não vi, falou rindo o segundo.
Então para encerrar, disparei: - Vocês têm certeza que fizeram a mesma viagem e foram para o mesmo lugar? Ao que o meu primeiro amigo respondeu: - Você sabe como ele é doido. Ele não enxerga a realidade e se diverte com tudo.
RESUMO DA ÓPERA: Podemos escolher a nossa forma de olhar a vida. Podemos ser loucos e olhar a beleza do mundo ou optar por enxergar apenas a parte ruim. Olhar as coisas de modo positivo, não nos isenta das baratas que existem nesta terra, sabemos que elas existem e que muitas coisas precisam mudar para melhor.
Mas manter no coração a magia e o otimismo nos ajudará sempre a curtir as pequenas alegrias que estão disponíveis em todos os momentos, nos tornando mais fortes para encarar nossas lutas diárias.
Agora, como essa mulher não percebeu a anta gorda com quem se casou?? Coitada!! Por isso que as pessoas não chegam a casar mesmo!! Depois de todo aquele ritual, gastos, se deparar com uma orca rouca, ruminando impropérios depois da noite de "amor" (amor??)...kkk
ResponderExcluirPor isso que digo, se vc não usa óculos, teste umde vez em quando; se usa, troque as lentes de vez em quando!! Mas se vc é cego (a), não peça o milagre de enxergar, poderá se arrepender!!
Bjs Denize!!
Agora mesmo vim de uma reunião de amigos. Ouvi uma mãe contando que brigou com um mal-humorado que foi para a escola das crianças e criticou um projeto maravilhoso da direção, falou mal da diretora (que é bacanérrima, inteligentérrima e elegantérrima!), malhou o dia a mais que as crianças fazem pela manhã para ter inglês de melhor qualidade...Ah, ninguém merece, você não acha?
ResponderExcluirBjs
É isso aí, sair em lua de mel e não ver a magia do lugar, sim magia, pois todo lugar mesmo que não seja bom tem sua magia. Que homem complicado esse. Aliás, além de complicado um mala, pois não sabe por que a mulher o deixou.
ResponderExcluirUm abraço.
É Ebrael, mas como você percebeu, as coisas acabaram não funcionando muito bem. Porque num primeiro momento, às vezes você não percebe certos defeitos nas pessoas. Sabe como é, início de namoro, as pessoas procuram mostrar o que tem de melhor. Mas a convivência acaba por desfazer os enganos e aí... o óculos passa a funcionar perfeitamente bem...rs. Abs Denize
ResponderExcluirÉ Claudinha, tem gente assim mesmo. Que não estava lá para ajudar a construir, mas na hora de criticar aparece. Quando é uma crítica construtiva, sempre é bem-vinda. Mas quando é aquela que só serve para dimuir o esforço dos outros, esta é chata mesmo. Bjs Denize
ResponderExcluirSaudações!
ResponderExcluirAmiga Denize,
Excelente Post!
O primeiro personagem ao que parece é um eterno inconformado e possivelmente será um eterno infeliz.
Parabéns pelo texto!
Abraços!
LISON.
É verdade Claudine, e o interessante é que muitas vezes, uma pessoa negativa acha que na realidade, não há nada de estranho com ela. Afinal, ela é realista. Pelo contrário, ela acha que os outros é que são estranhos e sonhadores... Abs Denize
ResponderExcluirTens razão, Lison. O engraçado, é que as pessoas que tem este tipo de visão sobre a vida, muitas vezes são pessoas bem sucedidas, tanto profissional como financeiramente, ou seja, tem todos os motivos para achar a vida maravilhosa. Mas como isso não acontece, acabam com problemas no lado emocional e até sentimental. E não é fácil para ninguém conviver com essas pessoas, tanto que elas acabam atraindo uma boa dose de solidão...Como sempre, fico feliz com a tua presença por aqui. Abs Denize
ResponderExcluirOlá Denize querida!
ResponderExcluirÉ verdade... muitas pessoas tem uma mesma experiência com entendimentos completamente diferente.
É a famosa magia de olhar o copo meio cheio ou meio vazio.
Particularmente prefiro, sempre que possível, olhar para a metade cheia. :-) rs
Já tive viagens "horríveis" que viraram histórias divertidíssimas e maravilhosas.
Creio muito que o caminho da felicidade pode estar mais próximo do que muitos imaginam. ;-)
Forte abraço, Fernandez.
Tudo é belo, dependendo de quem vê.
ResponderExcluirExistem pessoas que enxergam defeito em tudo.
Outros fazem os obstáculos algo de interessante. Muito mais feliz quem olha o lado bom das coisas
Olá!
ResponderExcluirA felicidade pode está nas coisas simplens e não na sofisticação e no quer sempre mais e sempre ser o melhor. A humildade para reconhecer o direito da outra pessoa pode ser uma grande virtude que certamente a fará mais feliz e pode até acabar a levar a ter visão um pouco parecida com a da outra pessoa.
Abraços
Francisco Castro
Denize,
ResponderExcluirSem jamais esquecer das baratas que existam, como tão bem disse, olhar a vida com olhos otimistas e buscar nesse relance a felicidade, é fundamental.
Adorei teu texto!!!
Um forte abraço!
*Sua luta com o hífen é comovente. Sofro do mesmo mal, chego a lagrimejar com tantas duvidas. rs*
Também sou pisciano, espírita simpatizante...rs...boa coincidência...
ResponderExcluirBelo Texto...
Parabéns
Depois de tudo pronto sempre vem alguém palpitar, é fogo.
ResponderExcluirAbraços forte
Oi minha querida amiga... demorei mas cheguei... adorei seu post... "a felicidade sempre está nos olhos de quem vê"... é como aquela história, nós podemos escolher como será nosso dia assim que acordamos, podemos escolher em ver somente os defeitos, ou em ver tudo de bom que nos cerca apesar dos defeitos....
ResponderExcluirSempre costumo dizer que amo a vida por tudo de apesar de tudo!
Muito bom mesmo!
Beijo no coração
Denize,
ResponderExcluirDá Deus nozes a quem não tem dentes!
Independentemente da separação, que pode ter sido provocada por outras questões, há pessoas tão negativas que desta vida vão levar apenas frustrações.
Beijocas
Luísa
Oi Denize, o posts é antigo, mas ví apenas hoje...rs Menina, estranho como dois casais podem ter uma concepção tão diferente de uma mesma viagem. Daí dá para vermos como o que diferência a visão é a perspectiva de quem vê.
ResponderExcluirBeijs no coração
Márcia Canêdo
Denize,
ResponderExcluirQue texto magnífico minha amiga!
Nós é quem fazemos o ambiente, pois se não estivermos bem, nada estará bem.
Podemos estar no melhor hotel, na melhor cidade, e ter todo o conforto e luxo deste mundo, mas se o nosso estado de espírito não estiver em alto-astral, nada estará bem, por melhor que seja tudo.
Com relação aos hífens, tremas etc., não se preocupe minha amiga, pois até o dia 31/12/2012 nós poderemos continuar utilizando a antiga regra ortográfica, e eu me incluo entre os que vão constinuar utilizando a antiga regra, pois pior que utilizar a antiga regra, é misturar a nova com a antiga. Esse erro é fatal e imperdoável... Palavras proferidas pelo Prof. Pascoale...
Adorei!
Bjs.
Rosana.
Oi Fernandez,
ResponderExcluirO exemplo do copo é perfeito! Não temos como impedir que imprevistos e mesmo coisas desagradáveis aconteçam eventualmente, mas a maneira como encaramos isso é escolha nossa e muitas vezes não nos damos conta disso!
Nesse exemplo dos meus amigos fica fácil perceber qual deles aproveitou a viagem, né?
Bjs
Oi Jotapeh,
ResponderExcluirVocê tem razão, existem pessoas que veem defeito em tudo. E que exercício de paciência conviver com elas...
Abs
Oi Francisco,
ResponderExcluirTambém penso que a felicidade se encontra muitas vezes na simplicidade. Quando percebemos isso a vida se torna mais leve e bem mais divertida...
Abs
Oi Sérgio,
ResponderExcluirAdorei o que você disse: "olhar a vida com olhos otimistas e buscar nesse relance a felicidade". É isso: você resumiu lindamente o que eu quis dizer.
E agradeço sua solidariedade. Sempre tive problemas com o hífen e essa é uma luta para a vida toda...rs.
Abs
Oi Crhistian, Obrigada!
ResponderExcluirE bela coincidência mesmo!
Abs
Oi Princípe, isso é fato mesmo. Ninguém aparece na hora de ajudar, mas na hora de criticar...
ResponderExcluirAbs
Oi Valéria, concordo plenamente com você, nada a acrescentar no teu comentário. Adorei!
ResponderExcluirBjs
Oi Luísa, você lembrou bem, algumas pessoas chegarão ao final da vida e ao olhar para trás só verão coisas ruins. E nem se darão conta dos momentos bons que disperdiçaram. Lamentável, né?
ResponderExcluirBjs
Oi Márcia, também penso que muita coisa é questão de perspectiva. O problema é que a gente acostuma a ver o mundo de um determinado modo e alterar isso não é tarefa fácil. Se torna praticamente automático. E muitas vezes nem percebemos isso...
ResponderExcluirBjs
Oi Rosana,
ResponderExcluirÉ verdade isso! Quem passa a vida de mal com ela, dificilmente encontrará alegrias pelo caminho. E isso é lamentável, já que existem tantas...
Quanto ao hífen, acho que meu caso não tem solução. Nunca consegui decorar essas regras direito...rs.
Bjs