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13 de fevereiro de 2012

Preconceito? Jogue Fora Essa Idéia!

Sinceramente me custa a crer que nessas alturas do campeonato a gente ainda precise discutir questões que envolvam preconceitos sejam eles quais forem, quando devíamos estar falando da união entre os povos e as pessoas, visando um mundo melhor para todos.

A ciência evolui e nos dá uma maior expectativa de vida para que tenhamos mais tempo para ficarmos nos agredindo mutuamente? Que sentido faz isso? 

De qualquer forma resolvi falar sobre este tema e partilhar uma experiência pessoal. Não tenho a pretensão de mudar a forma de pensar de ninguém, quem sou eu, mas talvez no final deste texto você tenha alguma coisa para refletir. Então me acompanhe...



A VISITA DA DOR

Vamos visitar um hospital. Nele temos um encontro com a Dor. Ela está por toda a parte. Ouve os gemidos? Saberia dizer de quem se trata?

A Dor quando surge não costuma fazer perguntas. Não quer saber sua profissão, sua raça, a forma com a qual exerce sua sexualidade, suas crenças e descrenças. Nem se interessa pelo lugar que você ocupa na sociedade, a riqueza que acumulou ou deixou de acumular, o conhecimento que adquiriu.

SEM PERGUNTAS

Algumas vezes a Dor traz a Morte. E essa personagem tão "real" atua democraticamente levando a todos nós, quando chega a hora de encerrarmos nossas trajetórias por aqui. Também ela não faz perguntas.

Você se julga superior aos outros? Mais rico? Mais bonito? Mais culto? Mais inteligente?

CHEGUE MAIS PERTO

Então chegue mais perto dos leitos onde a Dor administra suas sábias, embora difíceis lições. Aqui você pode ver o inteligente ao lado do ignorante. Acolá você pode ver o bonito ao lado do feio, o arrogante ao lado do humilde. Qual deles grita mais alto?

Ah, talvez você não veja o rico ao lado do pobre. É provável que ele esteja sofrendo com mais conforto (ainda mais se for em um lugar onde o sistema público de saúde é desumano e as desigualdades sociais imperam), mas a dor dói da mesma forma. Ou não?

UNIÃO ENFIM...

Se você parar para observar poderá ver algumas cenas interessantes: alguém alcançando um copo d´água para uma pessoa de crença diferente, outro tentando confortar um doente de outra raça, só para citar alguns exemplos. Quem quer consolar também não faz perguntas.

AGORA É A SUA VEZ!

Agora imagine que num dos leitos está uma pessoa que você ama. Imaginou? Pois é nesse momento que perdemos a maior parte das nossas "frescuras" e que conhecemos o verdadeiro significado da palavra impotência.

SUPERIOR?

A partir daí começamos a ter a noção de que somos todos iguais, por mais únicos e especiais que sejamos. A Dor e a Morte nos nivelam. Então começamos a ver irmãos no lugar de inimigos e competidores. O mesmo vento que venta lá, venta cá. A sensação de superioridade começa a nos abandonar.

Hoje somos nós que estamos ao lado do leito de Dor. Amanhã poderemos ser quem necessita de ajuda e assistência. Fica claro que a distância entre superior e necessitado pode desaparecer em segundos.

Talvez depois de tanto cultivarmos bobagens, quem nos estenda a mão seja justamente aqueles que julgávamos inferiores, os alvos das nossas críticas e do nosso repúdio. A vida tem lá suas ironias... Quem é superior a quem mesmo?

E começamos também a deixar de nos preocupar com o que encontraremos depois do "muro". Adquirimos a consciência de que logo saberemos quem estava certo afinal, é só uma questão de tempo.

MOMENTOS DIFÍCEIS

Foi isso que aprendi num dos períodos mais difíceis da minha vida, quando acompanhei meu pai nos seus momentos finais nesta terra, envolvido em muitas dores sob meus olhos aflitos e diante da minha total incapacidade de ao menos aliviar seus sofrimentos.

Eu via nos olhos dele um pedido mudo de socorro e tudo que eu podia fazer era chorar baixinho num cantinho do quarto para que ele não visse e não sofresse mais.

Tive outras preciosas lições nas vezes em que perambulava pelo hospital enquanto meu pai descansava, tentando levar algum conforto para quem lá se encontrava solitário, sem o carinho de familiares e amigos. Você pode imaginar o que significa unir a Dor ao abandono? E no entanto, ninguém está livre disso...

AÍ A FICHA CAIU DE VEZ!

Estamos aqui de passagem, mas agimos como se fôssemos os donos do mundo, muitas vezes atuando de forma arrogante e pretensiosa e humilhando aqueles que supomos mais frágeis, na nossa infinita cegueira. Donos da Verdade? Donos do Mundo? Mas como se podemos ser expulsos daqui a qualquer momento, envoltos no maior sofrimento?

CONCLUINDO...

Não somos melhores ou piores do que ninguém. Talvez eu não tenha certos defeitos ou certas dificuldades que você tem. Ou talvez já tenha conseguido superá-las. Mas com certeza tenho muitas outras que você não tem. Essa constatação demonstra que superior e inferior não existe. Somos apenas diferentes.

E se queremos um mundo com menos violência algum dia, precisamos começar a respeitar as diferenças e compreender que todos tem o direito de serem quem são e fazer suas próprias escolhas, desde que não prejudiquem ninguém.

Multiplicar os exemplos de tolerância, união, solidariedade, compaixão me parece ser a melhor herança que podemos deixar para quem está chegando. O futuro agradece. 

Esse é o aprendizado que decidi partilhar agora com você.

E essa é apenas a minha visão sob este tema, com todo o respeito a quem pensa diferente. Como sempre, fique à vontade para deixar sua opinião.

29 comentários:

  1. Nesses momentos percebemos o quanto agimos pequeno,talvez o que falte é se propor a pensar antes de agir e se eu tivesse sendo vitima de preconceito ? Pode ser que alguém mude de atitude.
    Quando pensa que evoluímos como seres humanos aí vem alguém com pensamento retrógrado e nos alerta que ainda estamos engatinhando.
    Evoluir significa deixar velhos conceitos de lado e conviver com novos.
    Essas evoluções parte de cada um,cada um tem o seu momento mas já está na hora de pôr a ideia de igualdade na prática e também de amor e respeito ao próximo.

    Um Abraço

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  2. Oi amiga, bom dia!!

    Poucas vezes vi alguém falar de "diferenças" de uma maneira tão clara e precisa como você...PARABÉNS!!!
    Passei pelo sofrimento, como você comentou, mas no meu caso foi com minha mãe há quase 6 anos e agora, recentemente com meu sogro...
    Essas diferenças que as pessoas julgam existirem vão embora quando percebemos que todos sofrem e que nesse momento somos todos exatamente iguais.
    Quando vemos nossos entes queridos em um leito gemendo de dor, chamamos o médico ou o enfermeiro e não perguntamos sua nacionalidade, sua religião, sua opção sexual... apenas pedimos Me ajude!!
    A vida é uma passagem... que todos nós possamos vivê-la da melhor forma...

    Beijos querida e mais uma vez PARABÉNS!!
    Um fim de semana maravilhoso,
    Lu

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  3. Olá Denize!
    Há muitos anos atrás, trabalhei 5 anos no Hospital do cancêr na Santa Casa em S.P. Depois, com minha idade, já presenciei a morte e acompanhei queridos meus a hospitais, também.
    Denize, é mesmo como você diz, quando colocamos aquela roupinha que nos deixa com a bundinha de fora e nos dirigimos a um exame ou sala de cirurgia, ou quando sentimos dor, somos iguais - só que, perceber isto dói mais para alguns, do que para outros!
    Beijos a você e Ivan. Aliás, beijos aos meus outros amigos que aqui vieram prestigiar seu ótimo post.
    Bom final de semana para todos.
    Vera Alvarenga

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  4. Olha Denise, vc está absolutamente certa. O exemplo é ótimo, já meu tio que é bem escrachado, pegava em exemplos bem pitorescos para me fazer rir.
    Td mundo já sofreu preconceito por alguma razão. Depois de tantas experiências ruins, concluí há mt tempo, que o preconceito, mais do que produto de falsos e estúpidos orgulhos, é na verdade a arma dos fracos, ignorantes, invejosos. Tais 'predicados' têm uma origem comum: gente insegura sem auto-estima q está sempre vendo nos outros algo q elas querem. Estas pessoas buscam vítimas para canalizarem e alimentarem suas frustrações e covardia, daí os grupos de pessoas marginalizadas serem sempre em menor número. Hoje fala-se muito de bullying, mas isto sempre existiu, crianças q se evidenciavam, por alguma razão, sempre foram vítimas na escola e muitos dos pequenos covardes q comandam essas ações, apenas repetem o comportamento dos pais.
    Claro que um outro problema é a ignorância, surpreendente numa época em que a ciência derrubou tantos tabus. Ainda há gente q se considera especial por ser rica, por ser de Deus...
    Um outro problema é a maldita mania da sociedade de a todos querer classificar, o resultado é que todos adotamos os termos e nos acostumamos a dar uma entonação pejorativa qdo falamos nerds, crentes, loiras, português, gay... Enfim, a ignomínia encontra sempre razões para seguir impune, firme e forte.

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  5. Olá querida amiga Denize,

    Amei o texto que escreveu.

    Já lhe falei em momentos passados que meu pensamento sempre bate com o seu. E esta vez não é diferente.

    Temos mesmo que jogar fora essa palavra “preconceito”, pois afinal, não somos todos filhos de um mesmo Pai Celestial? Não importa a religião, o seu Deus é o meu Deus, porque Deus é Único e fomos feitos à sua semelhança. Somos todos iguais, com as diferenças que tão bem exemplificou no texto.

    O aprendizado que partilhou é bem fácil ser assimilado. Tomo a liberdade, e me perdoe por isto, de acrescentar uma única palavrinha em seu magnífico texto, na frase de conclusão.

    A palavra “HUMILDADE”, que no meu modo de pensar, só conseguiríamos “Multiplicar os exemplos de tolerância, união, solidariedade, compaixão.....” se cultivarmos o hábito de sermos humildes.

    Perdoe-me pelo atrevimento e pela minha ausência em seus posts.
    Embora ausente você continua morando em meu coração.
    Abraço carinhoso e fraternal,
    Vovó Lili

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  6. Até mesmo a Dor a Morte e o Sofrimento são mais justos do que nós! Tratam a todos igualmente respeitando suas diferenças. Incrivel que tais coisas das quais tanto fugimos sejam capazes de nos dar estes exemplos. Ultimamente tenho notado muitas discussões por causa de diferenças cada qual se achando o senhor da verdade quando deveriamos caminhar unidos pelo maior ensinamento que nos foi deixado, o de amar a todos indiscriminadamente.
    GRANDE abraço,

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  7. Amiga é difícil mesmo você ter que lutar, como eu estou lutando com a minha bandeira em defesa dos idosos e encontro barreiras e preconceitos.
    Tento ao máximo ajudar estes nossos idosos que tanto sofrem no Brasil e no Mundo.
    Para você ter uma idéia me cadastrei em um site de comunidade http://www.blogster.com/elderlybrazil e tu acredita que é difícil tentar incutir na cabeça dos americanos que somos iguais, lá eu divulgo a mesma campanha dos idosos.
    Mas é um pessoal muito frio só pensando em si e cheio de preconceitos.
    Teve uma hora que em um de meus posts um americano disse para o outro que a coisa ia ficar mais feia para o nosso lado com a presidente Dilma, que nos estaríamos vendo um futuro negro.
    Respondi a ele que estaria enganado pois aqui no Brasil Somos considerados o celeiro do evangelho no Mundo.
    E que aqui não tem terremoto e nuito menos tsunami.
    Olha ficaram MUDOS.
    Então Amiga como eu digo sempre nunca é tarde para abrir os olhos e acredito que DEUS esta vendo todo estes preconceitos seja eles qual for.
    Abraço fraterno e Muita Luz em seu caminho.

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  8. olá minha rica
    bem as vezes precisamos da dor
    para nos fragilizar mudar conceitos rever nossos principios pra mim ser superior é algo futil sem nada acrescentar acho q devemos seguir o simples aprendizado nos deixado a caridade num importa como tu mesmo falaste cor opção e o raio a parte somos o q somos cada um sabe de sua dor de sua escolhas o ato de julgar prova cada vez mais q precisamos muito evoluir preconceito é coisa de gente com mente pequena ja vi muita gente renegar filho por sua opção sexual e na hora da sua partida ser o unico a lhe estender a mão ai fica o peso na alma de ter passado uma vida crucificando akele q o relamente amava de verdade

    minha rica um grande beijo

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  9. Oi Denize,
    Eu penso que a Vida trata de ensinar a cada um a lição da qual precisa. Sinto muito pelos preconceituosos de plantão, porque, quer queiram ou não, haverá o momento em que serão chamados à aula restauradora, uma vez que a evolução é o destino de todos nós.
    Parabéns pelo ótimo texto e obrigada por nos brindar com palavras tão lúcidas e coerentes.
    Abraço

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  10. Vc colocou aqui a tua experiência pessoal, mas veja bem: há pessoas, muitas, chamem-nas de arrogantes, religiosas, cujos valores e crenças as impedem de imaginar-se em uma situação dessas, exatamente por se considerarem especiais. São pessoas que acreditam que fazem tudo certo e por tal razão certas coisas não as atingem. Então perceba q vc n consegue fazê-las imaginarem-se numa situação dessas. Vc entende o ponto? E pode apostar que qdo lhes chega ao ouvido q fulano, sicrano, de suas relações, ou até algum familiar, estão passando por algo difícil, mesmo uma doença, eles vão apontar mil coisas erradas nessa pessoa, de seu jeito de ser, ações, o q for para justificar porque fulano mereceu tal coisa. Já a morte eles aceitam como todo mundo q é um processo natural, a diferença está no fato de q eles irão p um local especial. Esta corrente de pensamento independe de cultura. Para mim a vida n ensina, ela tenta ensinar, cabe a cd um aproveitar, mas sabemos q tem muita gente q se vai desta vida sem ter assimilado o importante.

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  11. Oi minha amiga querida De!
    Poxa! Como é bom pensar e caminhar nesses passos reflexivos ao seu lado! Gosto demais, querida!
    Adorei quando escreveu que "...A Dor e a Morte nos nivelam. Então começamos a ver irmãos no lugar de inimigos e competidores...". Penso da mesma forma e até me lembro de uma amiga que dizia que todos nós acabamos da mesma forma. Embaixo da terra não tem "tratamento VIP" para os que tem mais ou menos, para quem é branco ou preto! Cremados, viramos cinza e aí, a única diferença é o que farão delas... mas viraremos pó de qualquer jeito!
    Sofro de um mal! Sou intolerante com a intolerância...rsrs... Apesar de acreditar que são as diferenças que nos compõem e que dão dinamismo à vida; ainda assim, não consigo aceitar passivamente as diferenças que levam ao preconceito.
    Meu marido é voluntário de um grupo que pratica ações comunitárias! E cada vez que ele passa o dia em um asilo, hospital, orfanato, lar de menores abandonados e sofredores de abusos ou doenças; volta para casa triste... O que ele diz é que apesar de ter dedicado os seus melhores sentimentos aos que precisam, fica triste por ver que essas pessoas estão "jogadas" lá por serem discriminadas e não terem a chance de um olhar mais piedoso e fraterno... Aí, ele me pergunta: "No que somos diferentes uns dos outros, se o mundo pertence a todos nós?".
    Amiga, o que eu quero dizer com isso é que concordo contigo quando diz que na hora da dor somos todos iguais...Sentimos da mesma forma e talvez aquela pessoa que jamais olharíamos num dia normal, seja a primeira a nos prestar socorro, paz e até um pedaço de si para salvar-nos.
    Infelizmente a lição é dura para aqueles que não se enxergam num mundo de diferenças, mas que não podem ser diferenças humanas... Temos, todos nós, os sentimentos iguais...Alguns adormecem porque não exercitamos; outros se destacam porque valorizamos demais... Mas, no final, somos todos compostos pela mesma matéria, filhos do mesmo Deus, irmãos de todos...diferentes, mas humanos!
    Grande beijo, linda! Parabéns mais uma vez! Foi na veia!!!
    Jackie

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  12. Olá Denize,seu tema é de fazer qualquer pessoa para e refletir muito e rever seus conceitos,eu passei por essa etapa de sofrimentos,todos passam ou vão passar,penso nisso todos os dias,trabalho a cinco anos em um pronto socorro,vejo pessoas sofrendo a todo momento,me coloco no lugar delas e de seus familiares,não é nada fácil,não tenho contato direto com eles mas os vejo,trabalho com a manutenção do hospital,sei que todos estão de alguma forma sobre minha responsabilidade,não pode haver falhas,é uma responsabilidade enorme,mas todos os dias procuro fazer o máximo para lhe proporcionar o máximo de conforto e ir para casa com a consciência tranquila,eu fiz minha parte.O que eu aprendi com tudo isso é que mesmo estando todos bem em sua familia,temos que evoluir naturalmente,deixar velhos conceitos de lado,dinheiro,cor,beleza,isso tudo é passageiro,ninguém é mais que ninguém,somos todos iguais perante Deus,temos que evoluir para amparar quando algum enfermo necessite de amparo,sua alma deve estar fortalecida para passar muita energia positiva e esperança para essas pessoas!!
    valeuu..
    abçss!

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  13. Oi Fábio, vejo da mesma forma que você esta questão.

    A pessoa que inspirou este texto foi quem me deu as primeiras noções de igualdade, respeito, tolerância. Não só com palavras, mas com exemplos.

    Então fico me perguntando: se aqueles que me orientaram os primeiros passos não tivessem me mostrado este caminho, eu seria a pessoa que sou hoje? Com os valores que tenho hoje? Sinceramente não tenho como ter certeza desta resposta.

    Por isso não me agrada a idéia de julgar ninguém, já que nada sei de suas trajetórias e dificuldades. Não posso afirmar que se estivesse no lugar do outro faria melhor.

    Evoluir abandonando velhos conceitos, como você colocou tão bem, reconheço não ser tarefa fácil, principalmente para quem jamais foi orientado neste sentido e muitas vezes conviveu com violências e preconceitos desde a mais tenra idade.

    Mas não julgar não significa que vou deixar de me posicionar contra intolerâncias, agressividades e preconceitos onde quer que eles apareçam. Quero um mundo de paz e harmonia entre as pessoas e acredito que isso seja bem possível Ainda chegaremos lá, leve o tempo que levar.

    Adorei nosso "papo" aqui!

    Abs

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  14. Oi Lu, obrigada!

    Como você viu, quis trazer neste texto um novo ângulo para essa questão e que tenta "falar" direto ao coração.

    Ninguém passa por essa vida sem viver este tipo de situação que descrevi no post e que você também já viveu. E só quem passou por isso sabe como a gente fica "sem chão" nessas horas.

    Mas como somos diferentes, obviamente nossas reações também não são as mesmas. Alguns se revoltam, outros procuram se tornar indiferentes na tentativa de evitar novos sofrimentos, outros aprendem preciosas lições...

    Eu mesma tive uma "ótima" briga com Deus, fiquei sem falar com ele um tempão. Só com o passar do tempo foi que consegui refletir e avaliar com serenidade essa difícil lição.

    E ao contrário do que se poderia esperar, foi justamente esse acontecimento que consolidou de vez minha fé na vida, no ser humano, em Deus.

    Como já disse em outras ocasiões, não gosto do sofrimento como modalidade de "ensino", luto contra ele onde quer que o encontre, mas não posso deixar de reconhecer que ainda precisamos dele como "remédio" para curar nossas teimosias, arrogâncias, egoísmos e vaidades.

    Adorei teu comentário e penso como você.

    Bom fim de semana pra ti também!

    Bjs

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  15. Oi Vera,

    Penso que ser tolerante não significa que tenhamos que perder nossa capacidade de nos indignar com aquilo que não nos parece correto e contra as injustiças que presenciamos. E não significa também que não possamos de forma respeitosa e tranquila nos posicionar contra palavras e atitudes que vão de encontro aos nossos ideais de paz e fraternidade entre as pessoas.

    Achei ótima sua colocação: realmente o processo de adquirir a consciência de que precisamos uns dos outros e de que essa vida a qual temos tanto apego é transitória, dói mais em uns do que em outros. Concordo plenamente com você.

    E pelo que vi, você já presenciou e viveu os momentos dolorosos que citei no texto, então pode perceber com clareza o que tentei expressar.

    Bjs

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  16. C C Maia: adorei ver você por aqui de novo, amiga!

    E nossa, que comentário é esse! Muito interessante!

    Mas vou discordar um pouquinho, se você me permite. Não sei se você é pessimista ou se eu sou otimista demais...rs. Porque eu acredito na natureza humana!

    Então tento não julgar os "julgadores" e "rotuladores". Caso contrário estaria sendo contraditória com o que acredito e defendo.

    Que sabemos nós das trajetorias e dificuldades das pessoas? Não tenho como saber o que leva as pessoas a terem certas atitudes e o que as levaram a ter uma visão preconceituosa com relação a seus semelhantes.

    Que infância tiveram? A agressividade pra mim é só a máscara do medo! Puro mecanismo de defesa. Atacamos na tentativa de evitar sermos atacados.

    Que sei das lágrimas vertidas pelas pessoas? Das suas dores? Da sua infância? Dos escudos que tiveram que criar para não sucumbir?

    Não posso apontar o dedo pra ninguém, amiga! Deus sabe das minhas fragilidades, que tantas vezes já se manifestaram em covardias e crueldades. De erros e defeitos me bastam os meus, e tenho muito chão pela frente para conseguir pelo menos amenizá-los.

    O objetivo deste texto não é apontar culpados e suas motivações. A minha intenção aqui é apenas provocar alguma reflexão e dar foco ao positivo: sempre podemos rever nossos conceitos e atitudes e todos nós acabaremos aprendendo o que for preciso, cada um a seu tempo, cada um ao seu modo.

    Não somos melhores do que ninguém, somos diferentes mas irmanados na nossa "humanidade". Pelo menos é assim que eu vejo.

    Opa, me empolguei!...rs. Desculpe a veemencia. Mas a culpa é do seu comentário que dá o que pensar.

    Muito obrigada, mas muito obrigada mesmo por trazer sua opinião aqui e contribuir para aprofundar este debate.

    Bjs

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  17. Oi Lilian, que alegria ver você aqui! E concordo com você, temos muitas visões de vida em comum, também já percebi isso claramente.

    Mas amiga, adorei o seu acréscimo a minha postagem. Perfeito! Realmente não citei essa palavra: Humildade!

    Só quando a gente consegue desenvolver essa qualidade é que se torna possível termos atitudes efetivas de tolerância e respeito, solidariedade, compreensão e amor em relação ao próximo.

    A humildade me parece ser a principal característica das grandes almas, aqueles seres abnegados que vemos distribuindo amor e consolação aos que necessitam, sem fazer perguntas ou críticas e que olham a tudo e a todos com o olhar compassivo, cheio de compreensão.

    Mas essa é uma lição difícil. Para que a humildade possa ser desenvolvida plenamente, temos que abrir mão do nosso orgulho, da nossa vaidade, do nosso egoísmo, da nossa arrogância. E quem quer?

    De qualquer forma, acredito que podemos rever nossos equívocos em qualquer tempo e todos acabaremos aprendendo o que precisamos aprender, cada um a seu tempo, cada um a seu modo. A vida tem lá seus métodos... Então tenhamos paciência com quem ainda não consegue perceber certas coisas...

    Obrigadíssima por esse acréscimo tão precioso. E nunca deixe de se atrever! A presença e opinião da nossa querida Vovó Lili é sempre bem-vinda. Traz muita luz.

    Cuide-se bem, tá?

    Bjinhos

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  18. Oi Ademar, você tem toda a razão. São tantas discussões intermináveis quando nosso tempo por aqui, que tem prazo limitado, poderia ser gasto em atividades que visassem o bem estar geral, na busca da paz e harmonia para esse nosso mundo ainda tão violento.

    "Amar a todos indiscriminadamente..." Uma lição tão sublime na sua simplicidade mas ao mesmo tempo tão difícil de ser colocada em prática. São tantos obstáculos em forma de egoísmo, orgulho, arrogância e vaidades vãs...

    Mas existem pessoas que já conseguem perceber o melhor caminho a ser trilhado, né? E já trocaram as palavras conflitos e discussões estéreis por Solidariedade, apontando o caminho para quem está disposto a rever conceitos e atitudes e encher o coração das alegrias suaves que resultam dos mais singelos gestos de fraternidade e afeto.

    Obrigadíssima por participar aqui, amigo!

    Abração

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  19. Oi Ricardo, não tenho dúvida que pessoas como você, que lutam para desfazer preconceitos arraigados há muito tempo, tem um árduo caminho pela frente. De qualquer forma, quem consegue pensar além de si mesmo e se propõe a ajudar os outros, sempre terá minha admiração.

    Mas também acho muito difícil que alguém consiga incutir idéias na mente das pessoas. Como disse na introdução deste texto, eu particularmente não tenho a menor pretensão de mudar a forma de pensar de ninguém.

    Agora, isso não significa que não possamos lutar pelo que acreditamos. Uma das coisas que aprendi nessa vida, é que as palavras e principalmente os exemplos contagiam aqueles que já estão prontos para perceber certas coisas, apenas ainda não tinham se dado conta disso.

    Então naturalmente a corrente "do bem" vai ganhando mais elos e se tornando mais forte.

    Quanto aos outros, o tempo se encarrega e a vida traz as lições necessárias.

    Mas essa é só a minha opinião...

    Também te agradeço muito tua participação aqui.

    Abs

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  20. Oi Ju, concordo com você. Não gosto nem um pouco da dor e do sofrimento, mas não tem como não reconhecer que diante da nossa teimosia em aprender de forma mais suave, eles ainda se fazem necessários.

    E que lição, esse seu exemplo! Já tive também oportunidade de presenciar alguns recolherem as pedras que lhe jogaram e devolverem em forma de flores. São raríssimos os que conseguem este tipo de feito. Que capacidade de perdão é essa? Dá até inveja! Tõ muito longe disso!

    Bjs

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  21. Olá Denize,

    Eu penso que sou pessimista... :(
    Penso que os preconceitos crescem proporcionalmente às diferenças. Quantas mais pessoas houver que ousem assumir as suas diferenças, mais preconceitos e preconceituosos haverá!

    Beijocas!

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  22. Oi Cleide, obrigada! Tenho percebido que temos visões de vida bem semelhantes.

    Entendo perfeitamente o que você quer dizer sobre "a aula restauradora". Sei bem a colheita que resulta das nossas plantações equivocadas. Eu mesma percebo claramente quando recebo a minha quota que corresponde, na medida exata, aos plantios que andei fazendo, sejam eles bons ou ruins.

    Por isso também lamento como você... Mas como você disse muito bem, a evolução é destino de todos nós, é só uma questão de tempo...

    Bjs

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  23. C C Maia,

    Obrigada por retornar e enriquecer ainda mais essa minha singela reflexão.

    Entendo totalmente o que você quis dizer, mas vou discordar um pouquinho novamente, se você permite.

    É possível que você tenha razão e que para algumas pessoas seja difícil imaginar a situação que descrevi no texto.

    Mas a verdade é que dificilmente alguém vai sair daqui sem experimentar "ao vivo e a cores" algum tipo de perda. E a morte não é escolha, é destino.

    Pelo que tenho observado, por mais dureza de coração que alguém tenha, por mais que não dê valor a vida humana, ainda que não ligue para a própria vida, mesmo essa pessoa terá algum afeto (salvo talvez, no caso de pessoas com problemas mentais).

    E é através desse afeto que a vida vai dar seu jeito de ministrar suas lições.

    Não vejo como você que alguém vai partir daqui do mesmo jeito que chegou. Pode não dar o braço a torcer, pode até não se dar conta, mas com certeza avançou alguns "passinhos".

    Na minha visão, a evolução assim como a morte, não é escolha, também é destino. Pelo menos é assim que eu vejo.

    De novo te agradeço muitíssimo.

    Bjs

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  24. Oi Jackie, peguei até meu chimarrão pra "conversar" com você aqui. Sempre rende...rs.

    Mas menina, não sei se é só comigo que acontece, mas tem certos textos (e até mesmo certos comentários) que me causam um certo desgaste emocional.

    Este foi um deles, assim como o último comentário que fiz lá na tua postagem do "Inimigo Nosso de Cada Dia".

    Pelo que percebo, o problema não é o tema em si, mas alguns deles me remetem para algum lugar emocionante do passado e pronto: as emoções afloram naturalmente. Não sei lembrar sem reviver, acho que é por isso.

    Eu realmente detesto falar de mim (a não ser passagens divertidas da minha vida) e acredito que quem gosta de passado é museu...rs, mas me permito abrir exceções quando acho que algumas das minhas experiências de vida podem ser úteis de alguma forma.

    Mas enfim, feito esse pequeno desabafo, vamos ao teu comentário, que já me pôs a refletir aqui, "pra variar":

    Concordamos, sem dúvida!

    E acho também que ter tolerância com os intolerantes é um desafio e tanto mesmo!

    Nunca esqueço de um comentário de uma leitora anônima numa postagem onde faço questionamentos sobre comportamentos difíceis, que interpretei mais ou menos assim:

    Como você espera que alguém que só recebeu pedradas da vida saia por aí distribuindo flores? Quem conviveu a vida toda com críticas destrutivas, em meio a todo tipo de violência, discriminações e intolêrâncias, você gostaria que fizesse o que? Que visse irmãos nos seus semelhantes, esses mesmos que lhe proporcionaram toda a espécie de humilhações?

    Depois disso fiquei me perguntando: eu conseguiria? Tenho certeza absoluta que não. E é essa certeza que consegue fazer com que eu consiga algumas vezes soltar as minhas pedras hoje em dia.

    Claro, alguém pode dizer que alguns conseguem permanecer firmes "no bem" em ambientes adversos, mas esses são especiais e da forma que eu vejo, aqui vieram para mostrar caminhos e nos ensinar através dos seus exemplos. São raros. A maioria sucumbe.

    Outros ainda podem dizer que alguns nasceram em ótimos ambientes e nem por isso deixaram de ter atitudes complicadas. E não estariam mentindo.

    Mas tudo isso só me confirma o fato de que somos diferentes nas nossas trajetórias e reações e não nos cabe julgar.

    Por outro lado, isso não impede que a gente contribua da melhor maneira possível, e através das nossas atitudes de afeto, solidariedade, respeito e tolerância tente contagiar cada vez mais pessoas a participar dessa corrente positiva. A partir disso talvez possamos devolver um pouco a fé na natureza humana, pra quem foi ou continua sendo injustiçado.

    Provavelmente vamos encontrar muitas vaias e incompreensões pelo caminho, mas há que se relevar, temos muito pra ser relevado também.

    Sofrimento e morte são duríssimas lições. Detesto. Mas já que não tem outro jeito, tentemos tirar dessas lições o melhor proveito possível.

    A verdade é que não tenho respostas, só opiniões. E claro, muitos questionamentos!

    Por isso que quando alguém clica na reação "Deu o que pensar" nos meus blogs (e tenho muitos cliques espalhados nas minhas postagens), fico muito feliz, porque o objetivo desse lazer que tento tornar produtivo se cumpriu.

    A idéia aqui é simplesmente partilhar algumas reflexões e promover debates construtivos.

    Ó Céus, estou precisando escrever um texto divertido com urgência!!!...rs.

    Muitos Beijos!

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  25. mundo virtual: Imagino a responsabilidade que você tem no seu trabalho, amigo.

    Eu sempre vou admirar as pessoas que trabalham próximo ou diretamente com o sofrimento humano, buscando curar, suavizar, amparar, consolar...

    Eu acredito que jamais poderia trabalhar num hospital. Não teria a menor competência pra isso.

    Pelo que me conheço jamais teria a serenidade necessária. Como você disse muito bem, há que se manter em equilíbrio, para que se possa passar uma energia positiva para as pessoas. Não é pra qualquer um...

    Pontualmente já pude comprovar que consigo, principalmente em situações extremas. Ma sou daquelas que absorve a energia dos ambientes e acabo tendo um desgate emocional enorme. Então penso que não conseguiria contribuir positivamente a longo prazo.

    Mas pelo que pude perceber você tem uma visão deste tema semelhante da minha. Meus contatos pontuais com o sofrimento me fazem rever tantas coisas... Imagino o que acontece com alguém que convive com ele diariamente...

    Te agradeço muito por trazer sua experiência de vida aqui.

    Abs

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  26. Oi Luísa, eu acho que sei como você vê esta questão. Afinal nós já tivemos um ótimo debate sobre esses temas que envolvem o comportamento humano.

    E não sei se você lembra, eu sou bastante otimista. Acredito na natureza humana.

    Neste ponto que você destacou, acho que você tem uma certa razão. Quando alguém tem a ousadia de assumir suas "diferenças" encontrará incompreensões pelo caminho, sem dúvida.

    Mas também encontrará aqueles que mesmo não fazendo parte dessas "diferenças" se levantarão para reagir contra essas incompreensões. E no meu eterno otimismo, acredito que somos muitos a não aceitar preconceitos. A maioria quer paz e não aguenta mais tanta violência.

    Bjs

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  27. Este texto deveria ser emoldurado, repassado e degustado.

    Com todas as letras, frases e palavras.

    Eu não tenho nada a acrescentar. Só deixar meu afetuoso abraço por tão feliz inspiração.

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  28. Oi Valéria, nossa, que lindo comentário...

    Escrevi este texto com o "coração na ponta dos dedos", uma expressão que aprendi com uma amiga muito querida...

    Obrigada pela tua presença aqui nesta postagem, que positivamente não foi das mais fáceis...

    Bjs

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  29. Trabalhar num hospital nos mostra q realmente todo mundo é igual. Qdo a morte chega, pode ser rico, pobre, preto, branco, japonês, morador de rua, adulto, criança, o fim é o mesmo. E qquer um, todos fazem cocô, xixi, até a mulher mais linda do mundo. O hospital nos mostra q somos iguais.

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