Harmonia e Diversidade, Como Conciliar?

Acho linda a palavra Harmonia e o que ela significa. E embora esteja sempre atrás dela, muitas vezes ela me escapa. Sempre tive inveja da serenidade de algumas pessoas. Sei que é feio sentir inveja, mas não consigo evitar algumas vezes, provavelmente vou responder por isso algum dia.

Mas você não concorda comigo que é uma maravilha quando a gente vê uma pessoa tranquila atuando em situações difíceis, em ambientes conturbados, como se não fosse afetada pela loucura geral? Nunca perdem a estabilidade emocional. Essas pessoas são raras é verdade, mas existem. E trazem paz onde quer que apareçam.

Harmonia e Diversidade, como conciliar? Tenho observado como é complicado reunir várias pessoas num mesmo ambiente e esperar que elas interajam sempre com suavidade, educação e respeito. 

As opiniões contrárias tentando se impor, as críticas nem sempre construtivas, a hipocrisia humana, todas reunidas num só lugar, se transformam num barril de pólvora, prestes a explodir na menor faísca. 

E como não se contaminar em ambientes onde imperam a discórdia, a desarmonia, a agressividade? Claro, mantendo a serenidade. Mas quem consegue? Poucos. 

Quantas vezes me pego, em situações onde deveria contribuir para acalmar os ânimos, fazendo o contrário sem me dar conta, e contribuindo para piorar as coisas? 

Descobri que não existe coisa mais irritante para mim do que ficar irritada, seja com as atitudes dos meus semelhantes, seja com conjunturas adversas.

Mas não podemos esquecer que sempre existe o contraponto. As pessoas se reúnem e também aparecem os atos abnegados, corajosos, solidários, os heróis anônimos trabalhando laboriosos para o bem-estar geral, como verdadeiros enviados celestes que são, e trazendo bálsamos para nossos espíritos aflitos. Que seria de nós sem eles?

Então um dia, ficamos doentes ou perdemos alguém muito querido. E as coisas adquirem sua verdadeira dimensão.  A vida vem nos perguntar: 

Para que tudo isso? Quanto tempo você vai perder em disputas estéreis, em discussões intermináveis de quem está certo e quem está errado, em questionamentos sem sentido de quem é melhor do que quem? 

Você vai embora daqui, isso é fato, e pode ser a qualquer momento... O que você está fazendo com a oportunidade que lhe foi dada de viver, vivenciar? Pretende continuar a disperdiçá-la com bobagens? 

Você não vê que é tudo tão pequeno, já que ignorantes ou inteligentes, pobres ou ricos, feios ou belos, anônimos ou famosos, todos sem excessão partirão daqui sem levar nada? O cemitério iguala, talvez um túmulo seja mais bonito que o outro, mas para que serve isso?

De que adianta ganhar uma discussão e perder um amigo? De que adianta conseguir o sucesso a qualquer preço e morrer solitário? Para que serve impor a sua verdade e magoar um coração querido? 

Por que não cultivar a alegria, dar as mãos, trocar idéias e afetos e com serenidade (sempre a serenidade) tentar mudar as coisas que parecem erradas? Você realmente acredita que com gritos, agressividades e violência vai conseguir melhorar alguma coisa?

As linhas acima são apenas alguns questionamentos de alguém que está voltando das férias, suavemente...